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PSICOLOGIA

ANÁLISE TRANSACIONAL

EU ESTOU OK - VOCÊ ESTÁ OK - AS RELAÇÕES DO BEM-ESTAR PESSOAL

- Um guia prático pra sua auto-análise.

Tradução de Edith Arthens

INDICE

Nota do Autor

Prefácio

1.Freud, Penfield eBerne

2.Pai, Adulto e Criança

3.As Quadro Posições de Vida

4.Podemos nos Modificar

5.Analisando a Transação

6.Como Diferimos

7.ComoEmpregamos o Tempo

8.O P-A-C e o Casamento

9.O P-A-C e os Filhos

10.O P-A-C e o Adolescente

11.Quando o Tratamento é Necessário

12.O P-A-C e os Valores Morais

13.As Implicações Sociais do P-A-C

 

FREUD, PENFIELD E BERNE

 

Através da história, uma impressão da natureza humana tem sido constante: a deque o homem tem uma natureza múltipla. mais frequentemente, ela tem sido expressa como uma natureza dupla. Isto mitológica, filosófica e religiosamente. E tem sido vista sempre como um conflito entre o bem e o mal, os baixos isntintos e as altas intenções, o homem interior e o homeme exterior.”Há ocasiões”, disse Somerset Maugham, “que examino as várias partes do meu caráter com perplexidade. Reconheço que sou costituido por diversas pessoas, e que a pessoa que naquele momento está por cima invariavelmente cederá o lugar à outroa. Mas quel é a verdadeira? Todas elas ou nenhuma?”

 

Que o homem pode aspirar a à bondade e vir a adquirir-la é evidente por toda a sua história, seja, como for que essa bodade seja compreendida. moisés a via acima de tudo comojustiça, Platão essencialmente como sabedoria e Jesus centralmete como amor; no entanto, todos eles concordaram em que aquela virtude, fosse qual fosse seu entendimento, era constatantemente minada por algo existente na natureza humana que estava em guerra com outra coisa. Mas que coisas eram essas?

 

Quando sigmundo Freud entrou em cena no inicio o século vinte, o enigma passou a ser sujeito à disciplina da pesquisa científica. A contribuição fundamental de Freud foi descobrir que as facções em conflito existiam no inconsciente. Nomes experimentais foram dados aos combatentes. o Superego tornou-se conhecido como a força restritiva e controladora do Id (instinctual drives - impulsos instintivos), com o Ego operando a partir de um “esclarecido auto- interesse”.

 

Somos profundamente devedores a Freu pelos seus esforços paciente e pioneiros que estabeleceram o alicerceteoórico sobre o qual tudo é consttuído hoje. Através dos anos, estudiosos e clínicos vem elaborando, sistematizando e ampliando sua teoria. No entanto, a s “pessoas interiores” permaneceram fugidias, e parece que as centenas de volumes que colecionam poeira e a anotações de pensadores psicicanalistas não proporcionaram respostas adequadas às pessoas sobre as quais foram escritos.

 

Parado na ante-sala de um cinema ao caboda exibição do filme “Quem tem medo de Virginia Wolff?”, ouvi grande número de comentários por parte dos que haviam acabado de vê-lo; “Estou exausto!” “E eu, que venho ao cinema para me esquecer da vida que levo lá em casa” “Porque motivo fazem um filme desses?” “Não entendi; acho que só os psicólogos podem entender um filme desses”.Tive a impressão de que aquela gente deixava o cinema querendo saber o que realmente tinha acontecido, e de que todos estavam certos de que devia ter havido uma mensagem, mas haviam sido incapazes de encontrar algo relevante para eles, ou liberador, em termo de como terminar com a “diversão e jogos” em suas próprias vidas.

 

Impressionam-nos fórmulas verbais como a definição de Freud para psicanálise, como sendo “uma concepção dinâmica que reduz a vida mental a um entrechoque de forças reciprocamente impulsionadoras e repressoras”. Uma definição dessas e suas incontáveis elaborações podem ser úteis para “os profissionais”,mas até que ponto úteis para gente que sofre? George e Marth, na peça de Edward Albee usavam termos grosseiros que eram precisos e iam direto ao ponto. O problema é o seguinte - como terapeutas podemos falar com George e Martha do mesmo modo preciso e objetivo sobre porque eles agem como agem e sofrem como sofrem? O que dissermos poderá ser não apenas verdadeiro, mas também útil, por sermos compreendidos? “Não consigo entender uma só palavra do que você está dizendo!” é uma frase ouvida não raramente por pessoas que são peritas nos diversos campos da psicologia. Basear idéias psicanalíticas esotéricas em expressões ainda mais esotéricas não atinge as pessoas onde elas vivem. Como consequência, as reflexões de um sujeito comum são frequentemente expressas em redundâncias lastimáveis e em conversas superficiais cheias de comentários do tipo “Bem, não é sempre assim?”, sem que comprendam de que modo pode ser diferente.

 

Em certo sentido, um dos fatores que influem hoje nessa alienação é o atraso da comunicação em relação à comunicação, que continua a alargar a brecha entre especialistas e não-especialistas. O espaço pertence aos astronautas, a compreensão do comportamento humano pertence aos psicólogos e psiquiatras, a legislação é dos congressistas, e sse devemos ou não ter um filho é assunto da alçada dos teólogos. Trata-se de um desenvolvimento compreensível; no entanto os problemas da incompreensão e da não-comunicação são tão granndes que se devia fazer com que a linguagem pudesse acompanhar os desenvolvimentos da pesquisa.

 

No campo da matemática, uma saída para esse dilema foi tentada através do surgimento da “matemática moderna”, sendo agora ensinada nas escolas primárias de todo o país. A matemática moderna não é tanto uma nova forma de computação quanto de comunicação de idéias matemáticas, respondendo não só aos o que, mas também aos porque, de tal forma que a aventura da viagem à lua ou do emprego de um computador não permaneça exclusivamente no mundo dos cientistas mas possa existir também, em forma compreensível, para os estudantes. A ciência matemática não é nova, mas o modo pelo qual ela é falada é novo. Estaríamos muito atrasados se tivéssemos que usar ainda os sistemas numéricos babilônico, maia, egípcio ou romano. O desejo de empregar a matemática criativamente produziu novos modos de sistematizar os conceitos dos números. A matemática moderna de hoje continuou esse crescimento criativo. Reconhecemos e apreciamos o pensamento criador existente nos sistemas anteriores, mas não poderíamos dar cabo de nossas atuais tarefas com aqueles métodos menos eficientes.

 

É esta a minha posição em relação à Análise Transacional. Respeito o esforço devotado dos psicanalistas teóricos do passado. O que espero demonstrar neste livro é um modo novo de apresentar idéias antigas e apresentar de maneira clara as idéias novas, não como um assalto hostil ou dúplice ao trabalho do passado, mas como um meio de fazer face à inegável evidência de que os antigos métodos parecem não estar dando muito certo.

 

Uma vez, um fazendeiro que estava consertando uma grade enferrujada, à margem de uma estrada no campo, foi abordado por um resoluto rapaz do serviço de extensão da universidade que estava visitando as fazendas com o propósito de vender um novo manual sobre conservação do solo e novas técnicas agrícolas. Após um pequeno discurso educado e brilhante, o rapaz perguntou ao fazendeiro se ele queria comprar o livro, ao que o velho respondeu: ” Meu filho, eu não consigo empregar no meu trabalho nem a metade do que já sei”.

 

O propósito deste livro não é apenas a apresentação de novos dados, e sim também dar uma resposta à pergunta de porque as pessoas não vivem tão bem como já sabem viver. Elas podem saber que os peritos já disseram muitas coisas a respeito do conhecimento humano, mas este conhecimento não parece ter o mínimo efeito na sua enxaqueca, no seu casamento desfeito ou nos seus filhos brigões. Elas podem pedir conselhos a “Querida Abby” ou se verem deliciosamente retratadas em “Charlie Brown”, mas existe alguma coisa que seja ao mesmo tempo profunda e simples relacionada com a dinâmica do comportamento que as ajude a encontrar ovas respostas para velhos problemas? Há alguma informação disponível que seja verdadeira e útil?

 

A nossa busca de respostas até alguns anos atrás foi limitada pelo conhecimento relativamente pequeno que tínhamos a respeito de como o cérebro humano armazena as recordações e como essas recordações são evocadas para produzirem a tirania - assim como o tesouro - do passado na vida atual.

 

O Neuro cirugião e a Sonda


Qualquer hipótese depende, para sua verificação, de provas capazes de serem observadas. Até recentemente, houve poucas provas a respeito de como o cérebro funciona em cognição, precisamente como e quais dos 12 bilhões de células do cérebro armazenam lembranças. O quanto pode ser retido? Pode desaparecer? A memória é generalizada ou específica? Por que algumas lembranças são mais fáceis de serem recordadas que outras?

 

Um notável explorador neste campo é o Dr Wilder Penfield, um neuro cirurgião da Universidade McHill de Montreal, que, em 1951, começou a conseguir indícios sensacionais que cofirmavam e modificavam conceitos teóricos que haviam sido formulados em resposta àquelas perguntas. No decurso de intervenções no cérebro, tratando de pacientes que sofriam de epilepsia focal, Penfield conduziu uma série de experiências durante as quais tocava no córtex temporal do cérebro do paciente com uma corrente elétrica fraca transmitida por uma sonda galvânica. Suas observações a respeito das reações a esses estímulos foram acumuladas por um período de diversos anos. Em todos os casos o paciente, sob anestesia local, estava completamente consciente durante a exploração do córtex cerebral e podia falar com Pensfield. No curso dessas experiêcias ele ouviu coisas surpreedentes.

 

(Considerando que este livro visa a ser um ghia prático para a Análise Transacional e não um tratado técnico científico, quero esclarecer que o material que se segue, a rspeito d pesquisa de Penfield - o úico que pode ser visto como técnico - está incluído no primeiro capítulo porque acredito que ele seja essencial para o estabelecimento da base científica de tudo o mais. As provas parecem idicar que tudo que já esteve em nossa percepção consciente e registrado em detalhes e armazenado no cérebro é capaz de ser reproduzido no presente. O que vem a seguir pode justificar mais que uma simples leitura para uma completa apreciação das implicações das descobertas de Penfield.)


Penfield descobriu que o eletrodo estimulante podeia forçar recordações claramente derivadas da memória do paciete, Penfield relatou que “A experiência psíquica assim produzida interrompe-se quando o eletrodo é retirado e pode se repetir quando ele é reaplicado”. E deu os seguintes exemplos:  

(CONTINUA ...)

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