Implacável tempo
Que escorre pela desatenta mão
Que, pelas frestas do chão, foge
Não te dei a atenção devida
Na displicente vida que te deixei passar
Quem te fará retornar do fim?
Quem o fará reverter à vertente,
À efervescente origem das coisas ligeiras?
Quando a reflexão for definitiva,
Sem qualquer perspectiva, dirás:
A roda rodou, as águas fluíram, o sol se pôs.
Mas, se resgatar o impossível é um lamento
Há um alento que não quer passar,
Há um passo que te faz saltar,
Que te lança numa esperança,
Que alcança tua alma,
Que te dá a calma.
Fora do tempo
Fora de qualquer cogitação
Fora da tua imaginação
Está a Vida
Sem medida
Fora do homem, fora do espaço,
Que o teu passo não alcança,
dança o não-fim, o não-começo
Não mereço
Mas A VIDA morreu por mim
Se fez morte para minha sorte
Passou por ela, por ser luz
Venceu as trevas, venceu o tempo,
Refulgiu além da cruz, meu JESUS,
pois ...
“Nele estava a vida, e a vida era
A luz dos homens” – João 1:4
(Yldo Gaúcho)
Comentários
Postar um comentário